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Projeto do Ifes pesquisa taxa de inflação através da cesta básica

Publicado: Quinta, 16 de Abril de 2015, 00h00 | Última atualização em Sexta, 23 de Outubro de 2020, 11h06

Motivados pelos comentários de que os preços em Venda Nova são altos, em especial os dos itens de supermercado, um grupo de professores do Ifes, campus local, está desenvolvendo um projeto de pesquisa interno para verificação das taxas de inflação e os índices de preços. O objetivo é medir a inflação de um conjunto de produtos comercializados no varejo.
 

De acordo com Rogério Della Costa, coordenador da equipe de pesquisa, o método é o mesmo de outros centros de pesquisas, como o IBGE e o Dieese. Como existem vários tipos de cestas básicas, o modelo escolhido foi a do Dieese, com 13 itens: 6 quilos de carne, 7,5 litros de leite, 3 quilos de arroz, 4,5 de feijão, 1,5 de farinha de trigo, 600 gramas de café, 1 litro de óleo,  750 gramas de manteiga, 3 quilos de açúcar, 6 quilos de pão, 6 quilos de batata, 9 de tomate e 7,5 quilos de banana.

Dentro da programação da pesquisa, que começou em janeiro e vai até o final deste ano, estão o levantamento de preços mensalmente, a medição da variação de preços de um mês para o outro e o relato do impacto. Dentro da metodologia, os professores sortearam 50% dos supermercados locais para a coleta de preços.

"Em fevereiro, a cesta básica sofreu reajuste em 14 das 18 capitais brasileiras em que o Dieese faz pesquisa, sendo que Natal/RN foi a de maior alta, com aumento de 4,36%. A mais cara de fevereiro foi a de São Paulo, com R$ 378,86. Os produtos que mais contribuíram para este aumento global foram o feijão, o tomate, o café e o óleo de soja", observou Della Costa.

Os preços colhidos no mês de janeiro nos supermercados sorteados serviram de referência para as comparações dos meses seguintes. Neste mês, a cesta básica mais barata em Venda Nova ficou em R$ 298,99. Em fevereiro, a mesma cesta custou 307,81, registrando um aumento de 2,86%, sendo a batata, o óleo e a carne os produtos que mais contribuíram para o aumento. Em março, o valor da cesta mais barata praticamente voltou ao patamar anterior, valendo R$ 299,14, com um decréscimo de 2,9%, creditado em maior parte a queda do preço da batata, que de R$ 4,48 o quilo, passou a custar R$ 3,25.

A pesquisa vai continuar até o final do ano, mas os professores já planejam mudanças para o próximo, dentre elas aumentar o número de supermercados, assim como uma possível ampliação de itens para a coleta de preço. "Também estamos pensando na possibilidade de comparar com os preços praticados nos municípios vizinhos", informou o professor Tiago Delpulpo Mognhol.

Para Mognhol, além da comparação nacional, a inclusão dos municípios vizinhos daria uma visão regional dos preços praticados. Ele ressalta que no país, a cesta básica mais barata está em Aracaju/SE, capital onde a de fevereiro custava R$ 264,67.

Alinhamento de preços

Tomando como base o mês de janeiro, as variáveis em Venda Nova foram de R$ 260,00 a R$ 320,00, sendo que em fevereiro os preços médios entre os supermercados ficaram parecidos. De um mês para o outro, os supermercados com os preços altos abaixaram e os de preços baixos, aumentaram.

Esse comportamento fica mais fácil de ser compreendido observando os gráficos, que demonstram, entre outras informações, as oscilações de preço de cada supermercado pesquisado.

Com uma média de preço que coloca a cesta básica em R$ 300,00, os professores observam que nesses itens consomem quase 50% do salário mínimo. Não estão na cesta os itens de higiene pessoal e nem os de limpeza.

Ainda nos meses iniciais, o projeto de pesquisa, que envolve ainda os professores Lucas Lousada Pereira e João Gomes da Silveira e a bolsista Andressa Fiorese Altoé, pretende aproximar o Ifes da comunidade. "O Ifes tem dado oportunidade de realização de pesquisas envolvendo professores e alunos", diz Rogério, que é do departamento de administração.

Ele explica que, neste caso, a pesquisa pretende mostrar como a inflação vem se comportando no município, especificamente nos itens da cesta básica. "Temos que considerar que o valor do aluguel, da energia e do combustível são três itens importantes que não fazem parte da pesquisa, mas que influenciam na gestão dos negócios".

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